Um irmão ganancioso herda uma casa e zomba de sua irmã mais nova, que só ganha cinco relógios velhos e enferrujados de sua falecida avó. Mal sabiam eles sobre o que estava escondido naqueles relógios. “Ah, então a vovó ligou para você também?! Pensei que você estaria ocupada na biblioteca… como uma boa rata de biblioteca!” Brian, de 26 anos, zombou de sua irmã mais nova, Linda, de 19 anos. Ela tinha acabado de descer do táxi. O medo encheu seus olhos enquanto seu coração lhe dizia: “Nada vai acontecer com a vovó. Ela vai ficar bem. Ela vai viver por mais cem anos.”
Brian e Linda tinham vindo visitar sua avó Marlene, de 90 anos. Ela havia pedido que a vissem com urgência. “Queridos, quero vê-los uma última vez. Talvez eu não tenha outra chance”, Marlene lhes dissera, com pesar, por telefone, dois dias antes… Ao entrar no quarto da avó, Linda tossiu, percebendo que estava bastante empoeirado. Marlene estava velha e doente demais para fazer as coisas sozinha. Ela não havia varrido o chão, e Linda viu que o teto estava mofado devido a um vazamento. “Vovó!!”, ela correu e abraçou Marlene, que estava na cama. “Nada vai acontecer com você, vovó. Por favor, não se preocupe. Deus não vai tirar você de nós, porque você é tudo o que temos.”

Até um ano atrás, Linda morava com Marlene. Ela cuidava bem dela e a ajudava muito. Ela estava até pronta para recusar uma bolsa de estudos que mudaria sua vida, mas se mudou para a cidade para cursar a faculdade por insistência de Marlene. Brian entrou no quarto, tossindo e sorrindo. “Droga… sou alérgico a poeira! Vovó, você não varreu e tirou o pó do seu quarto?” Ele se aproximou e viu que sua avó estava doente e magra. Mas ele não se incomodou nem um pouco e ficou lá, esperando para saber por que ela os havia chamado. Marlene olhou fixamente nos olhos de Brian enquanto apertava as mãos trêmulas de Linda. A garota ficou magoada ao ver sua avó tão pálida e seus olhos sem aquele brilho outrora lindo. Eles pareciam sem vida.
Marlene sorriu, levantando-se delicadamente e pegou dois envelopes debaixo do travesseiro. “Queridos, isto é para vocês”, disse ela. “Por favor, usem com sabedoria. Vim para entregar a vocês.” Brian e Linda abriram os envelopes e encontraram um maço de 5.000 dólares em cada um. Linda não conseguiu conter as lágrimas e saiu correndo chorando. Enquanto isso, Brian franziu a testa. “Só isso? Achei que você tivesse mais sobrando. Tudo bem, preciso ir agora.” Ele deu as costas para Marlene e foi embora sem nem mesmo agradecê-la. “Bom dia, vovó!” Marlene ouviu Linda em seu quarto. Ela não esperava que ela voltasse.
Ela acordou quando a menina abriu as cortinas, raios de luz iluminando o quarto escuro e empoeirado. Ela ficou surpresa ao ver Linda. Ela pensou que a menina tivesse ido para a cidade onde estudava e era bibliotecária de meio período. Linda foi até Marlene com o envelope que ela lhe dera no dia anterior. “Acrescentei os 4.000 dólares que economizei ao longo do ano. Vovó, lembra que você me contou sobre sua visão ruim? Agora tenho 9.000 dólares. Agora podemos pagar sua cirurgia ocular.”
Marlene se levantou da cama. Ela abraçou Linda, com lágrimas escorrendo pelo rosto. “Eu te conhecia melhor, querida! Mas é tarde demais para a cirurgia. Posso sentir minha morte se aproximando. Não quero desperdiçar esse dinheiro quando ele pode ser usado para algo melhor.” Linda enxugou as lágrimas de Marlene e disse que viveria com ela. “Tirei um mês de folga. Não vou a lugar nenhum até ver esse sorriso dourado em seu rosto, vovó.” E Linda sabia o que tinha que fazer para restaurar o sorriso de Marlene.